domingo, 29 de maio de 2016

Gatilho




À vagar... outra tarde pela praia
de estranhos rostos, às vezes as
vozes de conversas alheias me tiram
a calma ao ouvi-las involuntariamente
e eu só queria isolar  na mente o áudio
do som do mar e do vento que é pra
ver se invento um melhor lugar onde
não me sinta tão deslocado no mundo,
as guerras internas nunca cessam e o
desespero da cidade por felicidade não
inspira calma, o silêncio rareia pela areia,
a angústia volta à me maltratar, me vêm à
memória algumas tantas mágoas passadas,
daqui eu vejo trilhos inativos, o trem nunca
mais vem, estou pensando nela e prestes à
pressionar o gatilho, uma pistola d'água, eu
vou regar, eu vou alegrar minhas plantinhas
na janela...


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