terça-feira, 24 de maio de 2016

Alguém para escrever(Minha nada efêmera)



Ah, desesperançoso mundo perverso,
em meio à tantas malícias e milícias te
escrevo versos, anos após e aqueles velhos
receios de volta na fila do correio, uma carta
em minhas mãos trêmulas endereçada à minha
nada efêmera amante e o desejo ardente de antes,
à saber, que nunca partas! O coração desnudo à
prova de tudo menos de mim mesmo, inimigo íntimo
trazendo-me à memória todo tipo de inquietações, mas
em minhas orações ao findar do dia as súplicas de paz
interior estão sempre inclusas, ela é tão reclusa na sua
vida doida, deixando meu peito dorido de saudade e não
haveria como amá-la menos, sim, eu tenho fé em vindouros
dias amenos e beijos duradouros, olhos de cobiça à cada reluzir
de ouro, eles me chamam "miserável", mas pra mim admirável
é a luz do olhar dela que me faz querer correr desesperadamente
para o mar....

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