sábado, 12 de março de 2016

Aquele amargor(Mal me queres)





O dia se ilumina, a menina desperta num largo
sorriso com tantas possibilidades lhe batendo
a porta do peito, naquele canto de escuridão
outra vez acordei sob o efeito da melancolia,
 e mesmo em toda sua imensidão, ainda assim
o céu assiste a sorte que desiste de ir ao meu
encontro, novamente decidiu me abandonar e
pronto! Da janela ergo os braços e mostro minhas
humanas mãos vazias sem poder algum, declarando
minha fraqueza à toda força superior que me impede
de ser alcançado por mãos realmente cuidadosas, eu
não posso competir, não posso lutar, preciso gritar no
espírito quero ser encontrado, as súplicas da minha
alma em contraste com alguns que até desdenham da
felicidade que possuem, Deus condena os desertores,
nem fugir do vazio eu posso, estou cansado de falar
dos meus dissabores para pessoas empanturradas de
alegria, eu queria, eu juro que queria um fiel confidente,
nem que fosse só eu que pudesse vê-lo, do sofrer só
sabe quem padece e as pessoas não querem realmente
entender o que se passa num coração em abandono,
pra onde olho só vejo egoísmo e se fosse tão afortunado
quanto essa gente, vai que eu não seria o mesmo insensível,
gozando do bem querer do mundo, uma canção de Beirut me
vêm à mente, aquele trompete tristonho, anunciando o fim da
tarde, e então o dia escureceu, glorioso foi o dia da menina
que me esqueceu...

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