quinta-feira, 2 de julho de 2015

O desprezo do meu melhor amigo imaginário(Conversa comigo mesmo)





Fazem já alguns meses, é, às vezes a vida
pode ser mesmo um saco, um soco bem dado
que seja, tenho implorado aos céus por novas
sensações, Deus, estou exausto de ser chato,
tão previsível e invisível quanto, razões pela
qual ela não me nota, quantas trancas em uma
mesma porta, aí de mim perdido em meio à tantas
crenças, soa um tanto malvada sua indiferença ao
som das muitas asas de borboletas desesperadas em
meu estômago vazio, morri algumas vezes por ela e
ela nem viu, eu disse "meses"? Na verdade fazem anos,
mais precisamente minha vida inteira à espera de um
calor genuíno, voluntário, uma pele pra aquecer a pele
de um otário em um mundo terrivelmente invernal, a utopia
de um dia me ver realmente leve, não queria mesmo ter que
morrer sozinho na neve, eu não queria partir como um chato,
minha vida é vazia e esperar, bem, é um saco!

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