segunda-feira, 13 de abril de 2015

E assim monologou este zero à esquerda...






O cair da tarde, a lua já à espreita por detrás das nuvens
cor de laranja, a melancolia invade a minha rua sem saída,
e lá se vai um pouco da vida, lá vem, lá vem e vem pra machucar
com  excessiva beleza, oh, quantas noites lindas ainda hei de testemunhar
de braços dados com a tristeza até que um dia venhas, eles sempre dizem
à mim para que mantenha a calma que virá o que há de vir, "Ver pra crer",
sob a penumbra do céu tranquilo, um louco à indagar:"Cadê?!"; Me chame
de ninguém, me chame de intruso, para onde teria ido toda a simpatia que
empreguei sobre aquele coração confuso, outra vez não obtive uma resposta
à altura, indiferenças à toda e qualquer tentativa de candura vinda de mim, desprezo
ao meu simplório mundo desinteressante, um único retrato teu furtado na minha estante semi-vazia, tão duramente foi como enfim compreendi porque teus "Até mais" tinham som de "Nunca mais" e a dolorosa tarefa de esquecer à quem divertimos com todas  nossas desastrosas declarações de amor, um náufrago à deriva no espaço, um poeta com postiço nariz de palhaço à borda do trigésimo andar do prédio de todo o tédio que meu gostar  te proporcionou, pequenos riscos nos meus discos, e a decrescente esperança da criança grande de fato, Legião Urbana 5, Los Hermanos 4, ouvindo ao cair da tarde, e daí se eu também cair?!

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