quinta-feira, 27 de março de 2014

Flores contrariadas








Expectativa: Gentileza.
Realidade: Frieza! Um filme
pouco assistido, nossas vidas
divididas em dois quadros de
um romance falido, há tempos
vago pela névoa da tua vaga
lembrança, cada vez mais o
esquecimento me traga, e essas
flores dispensáveis que te trago
enquanto provas as novidades
de outro amor, um novo, seja lá
quem for, só sei que nada sou e
nada fui pra ti, um reles cara bacana
indo intencionalmente em direção à
casca de banana. Minha infeliz visão
de raio x que me permite ver as cartas
que te escrevi envelhecendo nas profundezas
empoeiradas da tua velha cômoda prestes à
ser jogada fora, é, agora sou uma espécie de
doença, uma desavença, uma afronta ao teu
bem estar, continuo caindo regularmente nas
armadilhas que a má sorte apronta, um fiel cão
à porta de uma casa abandonada, sem dono,
faminto e sem sono nessa insana espera de nada...

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