Azul que vejo, beijos no azulejo
Minto se disser
que ainda não
sinto, ah, doces
lábios teus que vejo
quase todo fim de
noite refletidos no
azulejo, mas é com
pesar que venho à ti,
espelho meu confirmar-te
que já não tenho; meia-noite,
ar cálido, o rosto pálido do
menino que sente ali sentado
no chão do banheiro, em um
batente à beira do abismo de
silêncio profundo, um herói
falido às voltas com o coração
partido, há duas esquinas do
fim do mundo...
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