segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Babiot Mãos de Lápis de Cor

Caderno de desenho, lugar de onde eu venho...
fui rabiscado por um criador entediado num dia
sem sol, que por alguma razão deu-me vida em
uma casa dividida com pessoas estranhas, de
comum desamor, mas eu tinha tinta na ponta dos
dedos, e mãos de lápis de cor, coloria tudo que tocava,
que nem o dia em que tocava aquela canção do Roberto,
foi quando pela primeira vez me vi de peito aberto, foi ali
que senti o quão belo e triste era amar sem ter com quem
compartilhar; passei à quebrar a cara em minha busca
solitária, tentei doçuras de pinturas afim de agradar amargos
olhos que só me davam desprezo, tentei cartas com letras coloridas
e até versos de palavras doloridas, claro era o pouco caso do mundo
com a minha ingenuidade de tolo amante, chorava em consoantes,
ininteligível e gotas cinzas, me auto-denominei lar de frustração,
e assim nascia a melancolia...nos meus últimos dias na terra a simpatia
ainda me erra algumas vezes, até me ver bem cansado de ser rejeitado,
caio em si e decido voltar pro único lugar onde poderiam me achar bonito,
aquele lugar de onde eu venho chamado caderno de desenho...

Nenhum comentário:

Postar um comentário