quarta-feira, 27 de junho de 2012

A real beleza do raro
















Azul pro verde, degradê,
o reflexo do céu na água,
ver-te faz-me querer ir pro
mar, o doce cheiro de um pomar
com a fragância de um roseiral
confundem-se em espiral na tua
presença, 'té mesmo na ausência,
tua distãncia aflora minha inocência,
e tua proximidade decora as paredes
internas do meu peito com saudade,
coração, o único vão da casa sem mobília,
mas bem poderia ser uma ilha em algum
ponto inalcansável do oceano, e sem planos
de um dia ser habitada, nada, nada, nada
e vazio, tão agradavelmente desértica, como
ela jamais viu, situação geográfica, em relação
à solidão? Simétrica!

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