domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tuas inverdades



















Náuseas de ceticismos,
o contraste que há no
brilho do teu cabelo
com esse sinismo dos
teus lábios secos, quando
dissimulas; a primeira
vez que eu a vi, parecia
toda feita de cristais,
perdida numa imensa
floresta de mármore,
tão frágil, tão fácil
na beleza da tua carência,
a ciência da vulnerabilidade
sempre me enamora, e agora
me deparo com tua estranha
habilidade de não ser você,
é, talvez essa até seja você,
mesmo, e aquele rosto que
resplandecia não passara
de uma máscara que refletia
a luz da lua, acho que mesmo
estando despida, nunca hei
de ver-te nua, em verdade,
porque, na verdade, sonhei
com aquilo que imaginava ser
você, foi ver pra crer, e então
pensar no caminho de volta,
olhei em volta, e me peguei
falando sozinho...

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