sexta-feira, 7 de setembro de 2018
Encontrastes um contraste....
O feio e a flor, encontrastes um contraste, a inocência de pétalas regadas de atenção e a rejeição de um coração de terras áridas abandonadas, o velho menino infeliz desdiz tudo sobre o lindo céu que cobre, um vagabundo caroneiro numa vagarosa nuvem, as paisagens em movimento na janela do transporte imaginário, um otário à bordo do vento, lugar nenhum, lugar nenhum, bad trip já passou, os olhos tanto nublaram que choveram, chorando, sob a pálica árvore, a cálida tarde, o tempo esfria, o peito arde, imerso no mar branco das paredes do quarto encara o nada, observado pelo teto e já há muito sem tato, as terras áridas abandonadas do coração de um feio contrastam com as pétalas regadas de tanta atenção da flor, há muito, muito tempo sem amor e ainda sem saber para que aqui veio...
sábado, 1 de setembro de 2018
Sob efeito da noite
Sob efeito da noite, luzes psicodélicas e melancólicas de postes e automóveis ao longo da avenida da desolação, o frio corre pelas ciclovias das minhas veias sanguíneas, um dia, uma declaração e então o rosto do meu amor volta ao estado gasoso, virou nuvem e agora não passa de um temporal em mim, mal-me-quer, mal-me-beija, okay, assim seja, nada pretendo, de vazios bem entendo, mas minto se disser que não sinto, preso e doendo sem nenhum bom ouvinte, sofro até a última gota de chuva, ansiando horrores pela luz da glória da manhã seguinte...
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
E teve aquela vez no mar
E então o mar de melancolia...imensidão, meus pés mal tocam o chão, é tipo um combate contra o universo, oh, Deus, agora quase imerso, as águas de inquietação começam a invadir os pulmões, sob tão, tão bonito céu, os últimos suspiros ao cheiro de sal, frescor não mais sentia, só queria desesperadamente respirar, ah, o tesouro do ar, o fôlego de vida voltava em forma de gratidão, a alma apaziguando, o coração esquecendo mal tratos e descasos, já não afogado na cruel incerteza, correnteza ameniza, brisa, doce brisa no mar de solidão, foi quando pude perceber um mundaréu de gente ao lado, por toda parte, água em marte...
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
A diferença de quem sente
Vez por outra me via num filme sem som, incolor, houve um tempo da vida em que as canções da alma sequer tinham tons; vez por outra me pegava no meio do nada, minhas coronárias eram como avenidas em plena madrugada, ó quão frio, gritos silenciosos que ecoavam no vazio, mundo inóspito do peito, um dia foi assim, agora degusto o fim...do dia, a rua, a beleza das nuvens borrando a lua, a bela queda dos longos cabelos negros soltos pelas costas da tarde até o mar é uma visão que tão facilmente não se esquece e eis que então anoitece...
quarta-feira, 11 de julho de 2018
A delícia do inesperado...
Um dia fui como uma casa abandonada, um dia tive a alma empoeirada, um dia foi assim, uma terra desolada em meio peito, um jardim pisoteado em mim; porém havia uma flor crescendo nesse chão pós catástrofe, aleluia, havia um sol nascendo nesses olhos que choveram madrugada adentro, lembranças, lembranças, infeliz e só em minhas andanças, o menino com mãos de lápis de cores mágicas enfeitando situações trágicas, sendo meu melhor ouvinte, fazendo-me rir, mas ainda sem ter pra onde ir, um catador, um maltrapilho ao relento da vida e foi me aperfeiçoando na fina "arte de sorrir cada vez que o mundo dizia "não"" que um belo dia me vi numa rede dividida, foi em órbita no espaço sideral do coração que enfim encontrei minha querida...
quarta-feira, 4 de julho de 2018
O descanso de um andarilho
domingo, 1 de julho de 2018
Terceira idade do coração...
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