quarta-feira, 4 de julho de 2018

O descanso de um andarilho







Ah, esse mundo de "sãos", encaro o nada, visualizo a longa estrada que até aqui trilhei, só eu sei da minha vasta coleção de "nãos", 
 pés e coração calejados, versos deixados ao longo do caminho, versos de um ser sozinho, vagando entre outros tantos falhos, ah, como esperei, esperei pra caralho até encontrá-la, quando o peito já implorava por descanso, cabelos ao vento, olhos preguiçosamente sorridentes, como nos sonhos de antigamente, a casa na árvore com balanço, só que agora o balanço já não se encontrava vazio, pela primeira vez na vida a má sorte passou e não me viu, me perdeu de vista no canteiro de uma única rosa, fadigado andarilho marginal que fui, ali me deixei cair, adormeci e até hoje não acordei, foi na textura das pétalas da tua bela branca pele...que enfim descansei.

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