terça-feira, 18 de julho de 2017
A graça da aceitação
Sorrir por uma noite é o limite, ilusões de momento, tormentos na manhã do dia seguinte, certamente o sol virá sarcástico, afim de zombar de quem dedicou o máximo à quem não merecia o mínimo, dói demais perder por motivos banais, sabe, é tão cruel voltar a ser insignificante para quem um dia, ainda que por meros instantes te fez sentir maior, agora frente ao mar, atira pedrinhas ali tão só, agora já nem importa quão ensolarado fora o dia, permanece aquele lugar isolado, tipo uma ilha no peito chamada "coração", alívio, ó vinde, ilusões de momento, tormentos na manhã do dia seguinte...
domingo, 9 de julho de 2017
Diferentes ângulos
Naquele básico desespero de novas sensações e voltar a ficar bem, a menina virou "chocólatra", o velho sonho de um dia ser alguém para outro alguém, entre tentativas frustradas e desencantos, cada um pro seu canto, agora é percorrer o longo caminho até o recomeço e incontáveis horas de agonia pra se ver livre do paranóico apreço, viver sem é possível, basta se convencer e contentar-se à condição de sonho de ninguém, à distância me enamoras, te salvar e por ti ser salvo, raiou o dia, a quase que plena certeza que ela apenas me repudia, encaro o nada, mal sabe ela, mas daqui me entristeço porque outra vez a perdi de vista, a utopia de um sentimento bobo, a tímida dama triste e o cavaleiro pessimista...
sexta-feira, 7 de julho de 2017
Resta pedalar...
A noite é um veículo em movimento e ela sempre
se sente ficando pra trás no retrovisor, as cores, as formas,
os encaixes, poucas normas e vários assuntos, pessoas que ficam
muito bem juntos, à luz do luar e solitária ela indaga em que braços
caberá, alguns anos já de alegria alguma dividida, a fé afina, a menina
diminui, na porta do quarto o aviso de "Fui!", partiu#vida de vagar, a coluna
ereta, a velha bicicleta, olha o céu, sem um corpo junto ao seu, resta pedalar...
quinta-feira, 6 de julho de 2017
Please, não odeiem os que sonham!
Alto mar, o fim da tarde, e a casa flutuante à deriva, não sabemos mais onde estamos, tão docemente perdidos na vida, de cais nem queríamos saber mais, ríamos, desistindo de chegar à algum lugar, confesso, contigo me sentia bem mais esperto, nossa única meta era estar perto, e então o mar bravio, ondas, cruéis ondas que nos separavam, olhares se distanciavam, tristonho acordei num quarto vazio, foi apenas um estúpido sonho; batalhas pela cidade, amor versus mediocridade, no meu caso o primeiro sempre perde, as estações vão mudando, algo no caminho impede reais aproximações, e eis a noite, lábios se encontram, mãos se dão, do meu mundo eu vejo belíssimos começos e não esqueço como tudo acaba pra mim em questão de segundos, me restam versos de desilusão, mas hoje eu preferi a luz da lua à luz da televisão...
terça-feira, 4 de julho de 2017
Outra vez virei saudade...
Doces, coisas doces que há muito me faltam, e enquanto isso no mar as ondas bailam numa dança solitária, à moça imaginária mundo afora, Cartola, "As rosas não falam", em algum lugar da cidade aonde tua vista não alcança eu sou a criança de asas amputadas, cá estou cambaleante no topo do prédio em forma de "T", olho pra baixo, caralho, são vinte e cinco andares de puro tédio! Tente lembrar de mim em dias ensolarados, pois quase sempre ficava melancólico quando o céu estava nublado, tente lembrar de mim ao escrever bilhetes, ao tomar sorvetes, com ternura ante ramalhetes, tente lembrar de mim quando não estiver afim de sair ou mesmo quando não tiver pra onde ir numa manhã cinza de domingo, imagine como seria a calma da minha alma ao te ver dormindo, imensamente te agradeço se puderes me achar onde há simplicidade, já parou pra pensar quantas vezes na vida tu virou saudade?
domingo, 2 de julho de 2017
Porra, eu não quero mais ser inivisível!
Escravo da minha mente e de um coração que sempre mente pra mim, assim, de nua e crua sacanagem, legítimo inimigo íntimo, Deus, aqui dentro quase sempre faz muito frio, anos à fio sem amores, mas que seja como cantou Caetano anos atrás, "Trem das cores", "O mel desses olhos luz, mel de cor ímpar", a janela da cor de violeta da tarde entreaberta, anoitecendo, nesse exato momento alguém me esquecendo, eu tô tentando desesperadamente sumir da face da tristeza na velocidade da borboleta ladeando o pneu da minha bicicleta, a cidade escurece, eis um protesto à condição de invisibilidade, eu vou me jogar no mar com bike e tudo, só volto quando ela enfim puder me enxergar!
sábado, 1 de julho de 2017
Acordar...
Permanece a velha solidão em meio à multidão e preciso muito aprender a ter respeito aos acasos, principalmente àqueles que desbancam meras lógicas, noite passada choveu, olha o meu reflexo triste nas poças, que possas sentir o mesmo, quero não ser encontrado por nada que meu peito não identifique por recíproco, graça, sumir do radar da mediocridade, desejo à mim mesmo tranquilidade e tempo para crônicas, a maldita sorte sempre me sorriu de forma irônica, mas começo a entender que estarei à mercê de tudo quanto puder me convencer, continuo aqui do lado
vazio da calçada do mundo, contemplando a tal da felicidade à distância, morrendo de saudade da infância...
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