sábado, 27 de março de 2021

Os otários também amam, os otários também dançam...

 


Dancei, doida e livremente, livre e doidamente dancei por mais uma mão que eu não alcancei, mais uma mão que encolheu quando da queda quase me resgatava, lúcido e assobiando à beira do abismo, outrora já nem sabia onde estava; caía com um sorriso de falsa segurança no rosto quase se transformando em choro, era fé que desta vez não me deixariam chegar ao chão, sim, eu sou sensível, sim, eu sou coração e amor não há sem papel de tolo, era um lindo dia de honesto azul que a incerteza acinzentou, modificando o cenário e eis que subitamente choveu, sim, perdi, e daí, livre e doidamente, doida e livremente dancei como um otário...

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