terça-feira, 23 de março de 2021

Sendo lembrado em alguma janela por aí....


Parara o tempo, ensaio do apocalipse, era eu então a lua quando vencida pelo eclipse, de ninguém eu sou, nem mesmo meu, agora tateando o vazio em busca d'um calor de mãos, ó, mundo de escuridão, dias de breu; vida essa, vida louca, tristes tempos virais, te beijaria se uma máscara não me cobrisse a boca, porra, outra vez esqueci o que eu disse, te beijaria se você me notasse, ah, quem dera você existisse, cá falando sozinho sob uma chuva fina, discretamente chorando, mas as pessoas se ignoram, ninguém imagina, as roupas deixadas pela rua, me despi para uma plena invisibilidade, agora visto apenas em algumas lembranças de olhares distantes pelas janelas da cidade...

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