terça-feira, 20 de outubro de 2020

Noites tais pra não ser encontrado...

 


Sob o céu de uma noite sorrindo, não, não eram "versos alcoólicos" e sim melancólicos, o dedo em riste da felicidade na cara do poeta triste, por onde passava as flores iam murchando e a cidade descolorindo, um vencido, desconhecido otário, é claro que tudo estragaria, quem se atreveria a dizer-me o contrário? Sem novidades, ó, lá se vai mais um ano, das pessoas cada vez menos esperava, das pessoas mais e mais me isolava feito náufrago urbano, hoje um coração "perde", já outro sente "dor", às voltas com as intermináveis ilusões, sem orgulho honestamente me declaro "perdedor", mas então a ausência de luzes e vozes, o silêncio da escuridão certas noites encontrei, entre sarcasmos e cinismos do sorriso de canto de lábios da lua, do fim da Beira Mar à beira do abismo eu pedalei....

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