quarta-feira, 4 de março de 2020

"Embicicletado enchuvarando"....



Tempos e tempos sem amar, ao longe o mar...ao longo do caminho olhares desesperançosos que me deparei, despetalada, chorei ao ver uma rosa só com remanescentes espinhos, feridos, ouvi gemidos de peitos feridos pela avenida da desilusão, sob um céu de escuridão haviam gritos silenciosos, haviam tantos e mais tantos querendo férias prolongadas do coração; nesse momento estou na pista enquanto amores se transtornam, cá sem atenções especiais ou abraços novos que transformam, eu sou apenas um pobre cronista em meio a preces de ânimo aos interiormente fadigados e que de mim nunca mais lembre quem agora me esquece, ares de infância, voltei a ser anônimo, o rei da distância seguindo calmamente a estranha estrada sem curvas, o vazio nunca me abandona, a solidão nunca deixa de ser minha dona e ainda assim sem motivos aparentes sorrindo, seguindo sem pressa na minha velha bicicleta sob a espessa chuva...

Nenhum comentário:

Postar um comentário