terça-feira, 19 de novembro de 2019

O homem a caminho do mar



Eu poderia ter as mãos sujas de sangue, eu poderia ter a maldade no olhar, mas cá estou distante e calmo, em menos de 15 minutos uma década em uma só colagem, se diz da cabeça do artista, "viagem", a lembrança de cada cenário onde ingenuamente senti a "constante felicidade" sempre me corrói, porra, como a sensibilidade dói, mas não esqueço de agradecer pela bênção do pleno desencontro, logo eu que sempre fui sacaneado pelo acaso, Deus maior que tudo não me deixou padecer tal embaraço, já nem lembro mais porque raios falta ela fazia, agora um consolador abraço de maresia, a areia sob os pés fadigados pra lembrar quem sou, oxalá esquecer quem és, no coração uma crescente doçura e um filete de amargura, esquecer e ter a coluna ereta agora têm sido minhas metas, eu poderia ter as mãos sujas de sangue, eu poderia ter uma maldade no olhar, mas na verdade morro de saudade da inocência, hoje sou apenas resiliência ambulante a caminho do mar...

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