quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Incerto inseto
Sou sempre o primeiro a ler tuas correspondências, claro, na maioria das vezes são apenas contas à pagar e nada contra felizes coincidências, mas confesso, detesto o fato de não me acontecerem, falo de cores pra me enfeitar por dentro, lamento entre bilhetes e ramalhetes de flores que nunca poderei te dar, um mísero ser isento de calor humano que se alimenta de sentimentos que a desprezada sonhadora inventa, ali sem jeito, sujeito à enganos, voando com certo receio ao redor da tua caixa do correio, eu, o inseto do afeto, o tempo não para e a esperança, bem, a esperança é o maior sentido da vida, cara...
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