quinta-feira, 13 de setembro de 2018

A única companhia





Há uma noite impecavelmente estrelada e uma lua tão cheia quanto o meu peito de tanto nada, um quarto vazio, os meus lamentos sob a ponte ninguém viu e eis que então ela juntou-se à mim...pelejamos, pedalamos pela avenida das desolações, insanidade, insanidade, cara, pensei que não sobreviveria, meus olhos já há muito não a viam, mas a merda do coração ainda sentia, agora feito por dentro de frágeis cristais e corrosiva era a saudade, escandalosamente ria a cidade ao longo da noite elusiva, restávamos só ela e eu, as canções, os livros que a gente lia, ah, melancolia....

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