sábado, 18 de fevereiro de 2017
Voltar a ser anônimo...
O mar pesado e cinza, lamentos, sem ti ainda não pude
clarear por dentro, maré alta, falta, o fim de tarde nublado,
sem você ao lado não consegui voltar a estar de pé, ferido,
rastejando por lugares ermos da cidade, caído pelo chão da
insanidade, sons de sorrisos teus e canções que lembram você,
cirandando minha mente conturbada, meu peito, lar desfeito
em abandono, cão sem dono, nada vezes nada e diminuindo
neste lindo domingo invernal, encolhendo até não poder ser
notado, de trás do saleiro estive à te observar o tempo inteiro
escondido na mesa da tua sala de jantar, trazendo à memória
aqueles doces dias ilusórios em que parecias querer ficar, tenho
quase certeza que teu pensar não me cabe, alma em farrapos, mas
te escrevo versos em guardanapos, uma pena que não sabes...
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