sábado, 24 de setembro de 2016

O meu amor é estrábico




Eu vejo o sábado passar como quem perdeu
o último ônibus do dia, a sensação de perda e
falta de rumo nesse mundo de malandros, sacanas
e afins; ai de mim, ingênuo e ultrapassado "amante
à moda antiga", poxa, como eu queria me livrar desse
vazio sem fim, perdoa por assim dizer, um fracassado,
olhando pro meu interior, a dor da doçura que é sempre
sonhar só e então olhar ao redor e ter a gritante impressão
que todos parecem ter a manha de não se deixar levar, "mais
que anormal eu devo ser  pra ver você em todo lugar", e quantas
canções feitas sob encomenda pra infelizes, choro porque quase
sempre me enamoro por meras "atrizes", eu sou um estranho para
cada canto da cidade, constantemente eu vejo olhos mudando de cor
entre beijos intermináveis, reciprocidade certamente me é um sentimento
esporádico, bem melhor do que admitir "utopia", as coisas nunca foram do
jeito que eu realmente via, o meu amor, o meu amor é escrotamente estrábico!

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