segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Um rolé com Cazuza




Meados de noventa, amores de escola
que eu não consegui, "o nosso amor a
gente inventa", trazia essa canção à mente
e mentalmente chamava-a "querida", "todo
o amor que houver nessa vida", e assim cantou
o menino Agenor sobre a utopia dos meus sentimentos,
eu tão calado com hálito de mentos em algum canto da
sala de aula, anônimo, antônimo de "descolado", lembrei,
uma professorinha até me chamou de "sonso", algumas vezes
de "cínico" e eu era só muito tímido, popular nunca fui, até hoje
muitas não sabem o que realmente flui no silêncio dos meus delírios,
desde os tempos que sentava na carteira atrás dela, pensando em lírios,
de rejeições bem entendo e a cada fim de angústia acabo agradecendo,
"Obrigado por ter se mandado", felicidade sempre foi não sofrer mais,
"solidão, que nada", aprendi, o que acabou, acabou, penei pra caralho, mas
depois sorri por conta do desnecessário, bem,"faz parte do meu show", até
me acostumei à ver gente partir, peço licença  à Elis, pois tudo que eu mais
preciso agora é "dormir pro dia nascer feliz"...

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