quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Mundo de safira


Safira contra duras paredes
de jade, através das grades
do portão que dá acesso à rua
inocentes olhares infantis encontram
olhares vis do mundo lá fora, mora numa
casa com o desejo imenso de ser de lugar
nenhum; pintas pretas no corpo, sorvete de
flocos, um ser feliz sem precisar de uma espécie
de foco, ser feliz porque se não for assim não tem
sentido, mesmo não tendo bom senso, penso muito
e sinto a maldade ao redor, e ela nunca soube o que
é estar só, abana a cauda ou se esconde sob a cama,
não importa quem não gosta, recompensa quem a ama
com genuína lealdade, através das grades do portão inocentes
olhares infantis não temem a insensível e malvada cidade...

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