terça-feira, 18 de agosto de 2015

O sonho da casa flutuante



Alto mar, uma casa flutuante, um jardim, um quintal, que tal?
De amores sofri bastante, hoje te inseri no meu sonho da casa
na árvore, modesta, até feínha por fora mas com chão de mármore,
paredes claras, cores suaves, a nossa cara; afago teus cabelos negros
em um demorado cafuné, né, e meus dedos deslizam entre teus dedos,
dadas as mãos à vista da calmaria, o oceano, nossos pés na água fria do
fim da tarde e a casa lá, à deriva...não sabemos mais onde estamos, tão
docemente perdidos, de cais nem querendo saber mais, desistimos de chegar
à algum lugar, nossa meta era simplesmente estar perto, confesso, contigo me
sentia bem mais esperto, então eis que as ondas se enfureceram, partiram nosso
lar em dois, a maré fez de nós náufragos, desesperadamente prefiro te ver pela
última vez até do que viver, enfim bati em algo sólido, imaginei uma ilha, filha, quanto
tempo não te via, acordei na cama vazia...


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