sábado, 31 de maio de 2014

Desencantos, desencontros....


Ponto de ônibus, quase onze,
que falta faz, onde andarás?
Sorriso amarelo e sem graça da lua, 
disfarça a noite, atua há milhares de 
dias de ausência tua, estranhos rostos, 
vazios familiares, por trás de toda astúcia, 
angústia, meninos que nem eu são apenas 
invisíveis ante moças espertamente insensíveis, 
desencantos desencontros, ah, como eu gostaria 
de saber que no próximo ano te reencontro, continuo
sonhando com algo simples, simplesmente sem enganos, 
sabe, chega à ser uma necessidade, só pra constar, todo 
dia penso em ti, o que nessa cidade te faz lembrar de mim? 
E assim devaneio com meus fones à espera do bus, amantes 
adeptos da ciência da transparência, meu peito geme encostado
no teu ao som da Tempo FM, How Deep Is Your Love, Bee Gees, 
Marisa Monte, Bem Que Se Quis...

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