sexta-feira, 11 de abril de 2014

À bonita solidão...

Revirando gavetas de arquivos
de memória no meio da noite encontrei
a lembrança do dia em que nos falamos
pela primeira vez, um encontro de desacreditados,
ambos olhando para trás meio sem graça, tal hora
a gente sorri e disfarça, era difícil admitir nossa falta
de sorte com nossos estranhos corações pelo mundo
a sós, e eu me indagava pra onde estariam indo nossas
orações que nunca prestavam atenção em nós! De cara
me encantei e não pude acreditar que nunca haviam te notado
da forma como eu te olhei naquele dia, queria escrever sobre
você, queria te desenhar, queria te esconder dos dias frios sob
o ensolarado céu da minha boca toda vez que pronunciava teu
nome, estavas no âmago, tanto que tudo ao teu respeito me fazia
tremer o estômago; foi-se um ano e eu não sei pra onde foste, certeza
tens outro alguém e o deixado continua sem, meus olhos brilham ao reflexo
dos faróis dos automóveis na avenida, um passeio de bicicleta pela cidade
com o peito cheio, muito cheio de saudade, achei que ia chorar, mas não,
tô cortejando outra, um céu bonito, tanto quanto você...solidão.

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