domingo, 14 de julho de 2013

Efêmero incomum de dois gêneros



Perdoe se soar piegas, mas eu conheço aquele olhar,
um céu lindo e sem mais planos de alguém pra estar,
eu vi um avião no reflexo do olhar do garoto de entregas,
vi dele saltar um vilão em plena manhã de domingo, quem
dera o para-quedas não abrisse, ah, se eu lhes dissesse quem
era...
sim, era ele mesmo, com trajes de melancolia, aquele maldito
sentimento efêmero, amor, o incomum de dois gêneros, e eu sou
só mais um à procura de alguém pra tratar desse assunto, um triste
azul sem tamanho, queria alguém pra ser estranho junto, dividir algo
docemente tolo, queria deixar de ser que nem enfeite de estante, notado
por alguns instantes, e em seguida volta à condição de dispensável, como
eu tô cansado de ser tão amável assim, ó, amiga solidão, chega de usura,
eu quero incendiar a doçura que há em mim!! 

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