sábado, 30 de março de 2013

Alegria, alegoria...



 Alegria, a menina dança
e quase nunca descansa;
ela ria demais, ultrapassava
sinias vermelhos, e passava
tempos sem se olhar no espelho,
apesar da pouca idade, ignorava
a vaidade, implorava por barulho,
um mergulho no mar, e já nem era
mais a mesma da beira da praia,
uma resma de papel só para espalhar
as folhas pelo céu, o vento lhe subia
a saia sob aquele verão, e cês nunca
mais a verão assim, a menina cresceu
e enfim desapareceu, o dia escureceu,
enquanto eu estava ali parado, e o passado
converteu a alegria em alegoria....

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