segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Supostamente....


Há passados que não passaram, há presentes que disfarçam superações e de sensações em sensações prossigo, odores que adoçam, cores que enfeitam e eventualmente lembranças que destroçam, sonho antigo de todos os dias, honestos amplexos que me façam esquecer camas duvidosas, mãos caridosas e olhos de importância que inspirem à vida e sepultem memórias que não matam, mas maltratam e assim vivo com o peito escancarado, suscetível, vulnerável porém ainda são, daqui eu vejo passados vivos disfarçados de presentes imbatíveis em sorrisos tristes daqueles que se desesperam pra mostrar o quão forte são...

sábado, 14 de setembro de 2019

O dia após....



Sorri insanamente sorri, era o mar o meu único ouvinte, lamúrias que confessei sobre uma conversa que há muito não tinha e o drama do dia seguinte, desacostumar, voltar a não existir, hoje, perfeito oposto de ontem e o agourento orgulho sempre em meu caminho, trazendo-me  à realidade e zombando ao meu ver constantemente sozinho pela cidade, arco íris nos olhos quando a vi, ó cruel breve dia belo, eram meados de mais um setembro amarelo, sorri, insanamente sorri....

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Absurda ciclovia





Dias estranhos, sob céus tempestuosos, incertamente pedalei por ciclovias de um coração instável, nuance, por entre trânsitos caóticos vaguei em transe por um percurso sem fim, ó fadiga de um vagabundo viajante, ai de mim,, então despertei na vastidão da estrada pra lugar nenhum e chorei um rio sem tamanho 'té que enfim serenamente pedalei de novo, me acostumei com a dor, era uma vez dias estranhos...

terça-feira, 10 de setembro de 2019

O que meu semblante não diz...





Mãos nos bolsos, mãos nos bolsos, tão só este ser ingenuamente à vagar por entre tantos que ensinam à viver, ó, quantos anos e meu coração ainda não entendeu, deste lado da calçada do mundo vejo tantos da "sapiência do amor", o mais loser sabe mais que eu, olhos vermelhos, sorriso e setembro amarelo e quão feio para eles seria se intentasse contra a própria vida, então que eu finja o "singelo", todo louvor aos malandros, pois quando mais honesto, tratado fui como otário e então me vi sem graça falando sozinho no divã imaginário daquele banquinho de praça...

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

A quietude de não ter o que esperar....





Mãos, geladas mãos, intranquilos olhos de esperanças demasiadas e ansiedade que dói pela cidade, mentes sãs trepidam ante esperas vãs, algo que não tem, nunce teve, talvez nunca terá na vida, do outro lado da avenida, frias, mãos frias, os dias passam vagarosos como um rio triste, o que feriu ainda existe, o que de bom tinha, perdeu, ah, o calor que as mãos de todo o mundo sonham, mas em sua grande maioria lhes restam o vazio, fodeu!, eu sou a última folha do outono, a melancólica canção no fim da festa, eu sou a memória  que algum coração do mundo detesta...

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Um testemunho




E lá se vai mais um ano, dessa vida certamente o mais estranho, de profundos vales e um vazio sem tamanho venho, olha as minhas mãos, nada tenho, não, sem novidades, sequer possibilidades, sumo por sentir que não somo, outro ano de marasmos, caminhando à esmo, nos dias de miséria invernal apascentei à mim mesmo, meu próprio bobo da corte, me fiz rir por não conseguir chorar, entre ilusões e angústias, a dor maior de um solitário que é lembrar do que era preciso imediatamente esquecer, outra vez vai chover, meses e meses depois aqui guardado no universo paralelo sob o lençol, okay, ainda só, mas agora lembrava de quão enfermo estive da alma, troquei o peso do mundo pelo doce peso das pálpebras, dormir, enfim a calma...

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Para cada término....de dias.



De bonanças, tantas, vejo empapuçados ingratos caçoando daqueles que são da esperança, do meu vagar somente vejo estereótipos e sigo anônimo, desafortunadamente platônico, solidões e afins, fitando afetos sem rosto, talvez anos luz de mim, mas que porra de música chata de hoje e tanta alegria de aparência, como não escreveria versos que trouxessem tua existência, puta que pariu, como não te mencionaria em minhas preces para que me salves dessa merda de mundo vil?! Acho que a vi num filme, parecia você naquele estimado livro no qual já não recordo o título, ah, teorias, supostos vencedores empurram goela abaixo do mundo sofrido suas teorias de quem muito manjam de coração, no decorrer dos anos muito ouvi sobre métodos de quem sabe muito de vida e para cada findar de dia, minha devida oração....