quinta-feira, 4 de junho de 2020

E tendo passado o nosso bem, um dia o mal idem....



Ah, quantos sonhos o tempo não desfaz, no fundo dos olhos centelhas de inocência, um pouco mais de vinte anos atrás, adolescência, tão cedo sofremos, medo, sim, era medo que sentia a cada feliz momento que diante de mim subitamente desaparecia, ó doce e tola utopia de alegrias intermináveis, "me passando" em nome do amor sob os olhares atentos de toda cidade, pensava, um calor de mãos que nunca sumisse, abraços e beijos sem validade, o vento amistosa e calmamente me alertava e eu, imbecil nato, obviamente sempre ignorava, ilusão, causa mor da rebeldia, "foda-se!" pichado em letras bem grandes no peito, aviso à sabedoria, frutos a colher, pelos belos pomares e verdes plantações da vida eu não passava de um "espantalho", passados quase quarenta anos, hoje detestando toda e qualquer esfuziante alegria por ter aprendido que a "down" que bate após dói pra caralho!

Nenhum comentário:

Postar um comentário