domingo, 17 de maio de 2020

Nós e as xícaras...

Beijos, abraços e afins, mais pra blues do que pra rock, gélidos, tempos gélidos quando mais se necessita de toque, ó triste baile das máscaras, o mundo agora é nosso salão desolado e rodopiamos para esquecer, silhuetas nas janelas de apartamentos prestes a enlouquecer, estranhos em transe encarando o nada, igrejas fechadas, pareço estar me rendendo, pareço estar perdendo, nos restam orações, restam o restaurar de corações dos males do vil metal, eu sou um náufrago urbano de volta à ilha mental, especulações, tantas, você poderia até me apontar como "suicida" com esse dedo no gatilho, mas é só pra borrifar água nas plantas, vida, pois é, meus olhos gratamente perdidos na fumaça que sobe da xícara transbordante de fé....

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