segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Sozinho à sangrar






Outra vez a má sorte me alvejou com tiro certeiro, perfurado, tristemente sorri com o peito perfurado, a madrugada me encara sem fazer nada à respeito, a cidade está por saber, mas nem era mais novidade sofrer; em outros tempos eu quis correr, eu quis sumir, mas desta vez fiquei aqui, palhaço da vida e o vermelhão do nariz, insanamente dei risada do que viraria cicatriz, aumenta a coleção, esfria o coração, oh, não, daqui há meia hora vai raiar o dia, poderia amanhecer morto, mais dói saber é que tenho que viver torto, troncho de tristeza, voei para o mar, juro que não sei como cheguei, sentei na areia, ignorei o lirismo que o momento grita e me pus à sangrar...

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