domingo, 3 de janeiro de 2016
Monólogo de um errante
A visão da chuva tórrida do interior de um veículo morno, aqui do temporal avisto esse automóvel ali parado, diferentes sensações e pontos de vista; aqui fora o mundo é frio e caótico, inseguro, pensamentos obscuros me perseguem, mas pela graça dos céus o desejo de paz não me abandona, aproveito o silêncio do meu vagar, tanto tempo sem par e sem grandes planos, muita gente me define "engano", a porcentagem restante só me acha louco, não faço o tipo interessante nesse mundo distante que escolhi viver, quem na verdade gostaria de conhecer uma pessoa em quase que constante isolamento, né? O assobiar do vento, uma cantiga triste e muitas vezes me pergunto se realmente existo, contato humano, preciso mas não me familiarizo, eu simplesmente não consigo me encaixar, ó quão peculiar e simples é esse universo ao redor de mim, não sinto que inspire alguém, mas isso também já nem me interessa mais, de qualquer forma o mundo nos recebe ou nos rejeita pelo que temos ou não em mãos, tudo o que anseio nesse momento é adormecer na quietude de uma semana invernal, uma semana inteira como se nunca tivesse existido, acordar como se estivesse renascido em outra realidade, caminho pela cidade úmida sob um céu de chumbo, lá em casa minha caixa de e-mail permanece vazia, a melancolia agora já não me sufoca, apenas me abraça, chove, chove, chove e me pego achando graça...
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