Beijos e bocejos,
cama de gelo, o universo
paralelo do pobre rei sem
súditos à espera de cuidadosas
mãos para lhe afagar o sono,
a rosa rumorosa e o cão sem
dono em mundos que não se
cruzam, cujas nuvens escuras
acusam ao menor calor do rubor
de rostos, 'té mesmo a mínima
proximidade de dedos, desgosto,
não há segredos nem novidades
no previsível mundo do homem
invisível com o coração partido,
ser puro, qual o sentido?
Quem se importa, quem se comove
se só chove no escuro atrás da porta
onde meu amor se esconde, um "olá"
da tristeza, "prazer em vê-lo", cama
de gelo, beijos e bocejos...
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