sábado, 9 de novembro de 2013

O mundo ri do rei, o rei do mundo ri...

Beijos e bocejos, 
cama de gelo, o universo 
paralelo do pobre rei sem 
súditos à espera de cuidadosas 
mãos para lhe afagar o sono, 
a rosa rumorosa e o cão sem 
dono em mundos que não se
cruzam, cujas nuvens escuras
acusam ao menor calor do rubor
de rostos, 'té mesmo a  mínima 
proximidade de dedos, desgosto,
não há segredos nem novidades 
no previsível mundo do homem 
invisível com o coração partido, 
ser puro, qual o sentido? 
Quem se importa, quem se comove
se só chove no escuro atrás da porta 
onde meu amor se esconde, um "olá" 
da tristeza, "prazer em vê-lo", cama 
de gelo, beijos e bocejos...

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