quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Dias submersos no universo de versos tristes


Finda o ano
no fundo do oceano,
já passa da meia-noite,
olho o brilho opaco das luzes
distantes dos fogos de artifício
na superfície sem o menor saco,
fiz de um recife meu leito já que
fui desabrigado do teu peito por
tempo indeterminado; já há alguns
meses que não tenho falado com
ninguém, e no âmago do amargo
vazio deixei-me cair no mar bravio,
lembro, fui afundando, distanciando-me
daquele dia azul pra voltar à morrer no
mais profundo estado blue, meu mundo
submerso, imerso em versos tristes, assim
tão longe de tudo que de mais belo existe,
cercado pela feiura de débeis sentimentos
opostos à doçura que me era por direito,
primeiro de janeiro, coração refeito pela
oração de um imperfeito, posso ouvir novamente
as canções que te trazem à memória na minha
vitrolinha coberta de musgo, acho que vou voltar
lá pra cima, que meu amor por ti não afundou
com o ano que findou no oceano...

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