segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Dias assim, dias que nem

Dias e dias, um dia disseste, dias que é como se o azul celeste fosse uma extensão de nós, tamanho o entusiasmo e dias que até parece que nos fundimos com a chuva, densos tais que o vazio tanto pesa que nos encurva; agora sob a ponte o reflexo da lua nas escuras águas da noite, à vista do rio tolamente sorrio, um lunático, um demente, sem motivos aparentes sorrio, me veio à memória a imagem do colibri vulgo "bem te vi", ah, vá, que seja, nunca mais a vi e rogo aos céus que nunca mais a veja, dias de entusiasmo, dias de mãos atadas pelo marasmo, no caudaloso rio de solidão atravessei a nado, mood de agora: interiormente cansado...

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