quinta-feira, 23 de julho de 2020

Palha+aço



É mais um estranho ano nessa vida, cores divididas em um mundo que cada vez mais acinzenta era tudo que eu queria, mãos, mãos que não me deixassem cair do prédio, braços pra me envolver no alto do topo do tédio e choraria junto na escuridão, sou genuína alma gêmea da solidão, melhor deixar-me cair no mar a ser um esforço pra lembrar, é, não sou lá tão esperto, mas ah, como amo sumir de onde já não mais me queriam por perto, meu nome é "pelo menos", mas pode me chamar "aturado", às voltas com o quarto branco silencioso da introspecção, o grito do azul lá fora no meu peito vem como baque, sou Bjork, sou Buarque, na maioria das vezes esquisito, às vezes até vivaz, em algumas cabeças ainda vaga lembrança, na maioria já nem existo mais, a linda manhã veio à mim insanamente sorrindo com uma navalha, olhos perdidos no espaço, ai de mim que sou menino feito de aço com esse coração "réi"de palha...

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