sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Madrugadas tais






Inquieta madrugada insone, palavras sem vozes, rostos sem nome, poltronas silenciosas e mais nada interessante pra se ver, estúpidos programas, filmes estranhos na tv, ode à melancolia, sob a meia luz de um abajur alguém lia, lá fora o luar realçava o sorriso de quem "vencia", ao passo que delatava o vazio de quem se convencia que outra vez não seria dessa vez; alguns poucos veículos deslizavam no rio calmo do asfalto das duas e pouco da manhã, olhos solitários encaravam o teto, sonhando com beijos de hortelã, mãos formigavam por anos, à espera de atenciosas mãos pra dar, quase utopia, enfim a luz do dia, o sol beijou a praia de maré cheia, um coração anseia por uma novidade que seja, amanheceu, a angústia sumiu pelo azul à perder de vista e a pessoa qualquer enfim adormeceu... 

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