sábado, 17 de março de 2012

Asas, pra que te quero, asas!















Todo dia estranhamente sonho
que o Homem-Pássaro, me
empresta suas asas após às
11, hora essa em que costumo
sair para o meu vôo noturno,
e sobrevôo toda a cidade, sobre
as luzes, bem próximo às nuvens,
tô indo te visitar, torcendo pra
que tenhas adormecido com a
janela entreaberta, dei sorte,
e lá embaixo, tua rua já deserta;
Quero sentar ao lado da tua cama,
quero passear nas curvas do teu
rosto com meu indicador, lhe conto
mil segredos ao ouvido, para que
acordes sem medo do meu amor,
lindo é ver-te dormir sorrindo,
aproveito, e arrumo a bagunça
da tua cômoda, mas no silêncio
de um protetor que não te incomoda,
e movendo-me na ponta dos pés, velo
teu sono, deitando pertinho, e bem
quietinho, são duas da manhã, as
asas que devolvo já nem preciso mais,
posto que te envolvo em meu peito,
armo um cama com docel, e tudo,
no fundo dos olhos, pra menina
que jaz em mim com o céu de si,
tua presença me vem como crença
e recompensa, vou deitar pensando em ti...

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