sábado, 21 de janeiro de 2012

Dorme





















Pra se estar fora do alcance
da incerteza, dos maus acasos,
e tanto descaso com a singeleza
dos meus versos, peço à Deus,
e me despeço do mundo, deito,
no que imagino ser uma cama
de nuvens, céu, o mais longínquo
lugar, onde ninguém, sequer,
conseguiria me imaginar,
jazendo sobre o caos da forte
chuva da madrugada, três e
meia, sonho com um chapéu
novo, por conta do cabelo que
já rareia, que paz eu sinto,
vendo os aviões daqui, só
acordo pra morrer, envelheço
até dormir...

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