sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dona simplicidade
















Menino-fracasso, sobrenome fiasco...
a cada inconstância, reflexos da infância
que nunca o abandona por completo, a mesma
rua sem saída onde mora, a redoma sobre sua
casa, como um teto de contínuo céu sem lua;
aceita tudo com muita facilidade, e sempre à
espreita pela cidade, te encontro no azedinho-doce
do maracujá, nos lábios, e faço de conta que é nosso
beijo mais secreto, te encontro no ermo da praia,
e finjo que a brisa em minhas costas nuas é você
chegando de surpresa, após anos de ncerteza, afim
de me salvar. caio em si, e suplico à Deus, piedade,
que me valha, pois, do direito de me ajoelhar num
doce pedido de casamento, meus lamentos por
testemunho de anos de solidão, e fidelidade, pra
então poder ser dela, a dona moça, simplcidade.

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