Céu de bossa mar de calma, o sorrir agora dói, corrói a alma, um caco um traste, eu sou um triste contraste num dia primaveril, pedalei à beira do abismo, chorei sob a ponte e você não viu, não, você não me viu soterrado pela antiga casa de memórias, entre escombros e assombros, meus olhos já não viam a glória de um honesto azul à perder de vista, as ciclovias por onde passava acinzentavam e estupidamente dava risada da minha não existência onde jurei ter encontrado lugar, hoje vejo tudo de baixo pra cima, tudo é maior e minha ruína rima, havia um rio morninho de doçura que aqui corria agora estou seco, oco por dentro, lamentos, vazio e fissuras....
terça-feira, 23 de abril de 2019
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Torna não ser....
Sobre amor e mãos descuidadas, simples sonhos secretos de mãos dadas, mas se for pra falar de amor, que eu não descarte as dores porque o que mais dói na gente é aquela ingênua idéia inicial que de agora em diante serão só flores, mentolado céu da boca, volta à escurecer, acho que aqui dentro vai chover novamente, eu disse "mãos descuidadas", nuvens negras nuvens encobrem os últimos vestígios de sol no fundo dos olhos esperançosos pelo simples fato de continuar crendo que a "ilusão" é melhor que o nada, agora ecos das palavras de Renato, "O mundo pertence à nós", ó, céus, voltei a ser contado com aquela gente só, outra vez só mais um dos tantos em direção oposta à multidão dos mortos de felizes dos feriados e fins de semana, ao longo da estrada pra lugar nenhum....
sexta-feira, 12 de abril de 2019
Das sombras às sobras...
E então o fel, ah, que lindo céu enfadonho de hoje, porra, é profundo, choramos como se fosse início de agosto, o desgosto pesa no ventre como um pequeno mundo, uma espécie de incenso negativo que deixaram aceso aqui dentro trazendo alucinação, exalando o constante mau cheiro de decepção, para muitos um céu honesto e limpo de novidades ao passo que muitos de nós padecemos em fuga de uma horrenda nostalgia pela cidade, sol à pino e mesmo sem destino, às vezes até consigo sorrir mas na maior parte do tempo eu só quero ser aquela nuvenzinha passageira que chove chorando até deixar de existir...
segunda-feira, 25 de março de 2019
Desacostume!
"Eu poderia morrer agora", em alguma calçada do mundo alguém verbaliza a tal felicidade encontrada, "Eu queria morrer agora!", simultaneamente ela se foi da vida de alguém na cidade, hábitos rotinas à modificar, bruscamente despertar de um sonho profundo, inverno, inferno já nem se distinguem mais, o céu já chorou junto, agora o chuveiro, memórias à amargar de lugares, sons e cheiros porque a vida, cara, ela é de desacostumar...
terça-feira, 5 de março de 2019
À distância da desistência
E então um prédio, vigésimo sétimo andar, do alto do topo do tédio desesperançosos pensamentos cruzaram o céu nublado da minha mente, planos, humildes planos que o coração teve que abandonar à beira da estranha estrada, partir sem virar as costas, o quanto gostas ou gostava já não podia crer, nas mãos e no peito, nada, ao invés de você, o amor outra vez sem rosto, desgosto em amargura onde morava a candura, ó quão difícil é não se deixar cair, decidi, eu não quero morrer, eu só quero fugir...
domingo, 24 de fevereiro de 2019
Tristes tempos de inferno invernal....
Ao longo da estrada ouve-se "A vida é estranha, a vida não presta!", ainda que me sinta um verdadeiro "nada", ainda assim digo que a vida é boa, o nosso desamor próprio é que tira todo o sabor que a natureza dá ao nosso coração, a graça dos raios solares na pele e faz da chuva inimiga que fere com cruéis nostalgias, independente do cima, o dia continua lindo lá fora, feio mesmo está o meu interior, as janelas da alma anuviadas pela umidade do peito, olho em volta e tantos vejo em busca do "perfeito", eles têm de sobra o que metade não tenho, estou revirando suas latas de lixo afim de aproveitar os restos do teu tanto ter e pouco sentir, um pedinte, um palhaço, as lembranças doem e sem ouvintes, tristemente sorrindo, mendigando abraços...
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
Je ne comprend pas
Escancaradas janelas da alma, chuva fina escorre pelos cantos da pupila, ó quão dura é a procura da alma quando o maldito coração oscila! Há momentos que pareço um gigante, tal qual as nuvens, a proximidade do céu, mas de tão peito aberto como já estivesse liberto, de repente me vejo assim, um perdido encarado uma lua tão distante sem saber, nem ter pra onde ir, quando eu decidi partir ela me fez ficar, quando achei que enfim seria e desisti de ir embora foi quando estranhamente ela se foi, digo "oi" à tristeza e chamo pra conversar, quantas vezes hei de repetir quão estranha é a vida para ela então "desestranhar"?!?
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