sexta-feira, 14 de março de 2025

Querem ser você, às vezes como querem!


Uma xícara de chá fumegante, a sopa quente na panela, olhos perdidos na chuva espessa que cai lá fora enquanto o gato dorme calmamente no parapeito da janela, inverno, inferno, já não há diferença, nem mesmo cores para os que nesse fim de semana sofrem as inquietações e perdas de amores, fugir, sumir ou dormir até que a dor desapareça, só que infelizmente não é assim que funciona, corações, bem aventurados os que acolhem, mas maldito seja aquele que abandona, atenções, demasiadas atenções tipo devoções e mesmo assim pra muitos ainda não basta, hasta luego, parti e não sei se volto, embarquei numa viagem interior, ó, ingratos filhos da puta do mundo, tanta gente sedenta e faminta de amor e vocês aí fazendo pouco do muito que têm, bem, de vazios e solidões bem entendo sim, mas graças à Deus também não tenho por quem chorar, inverno, tanta gente angustiada ao telefone, outros tantos aguardando ao menos alguém ligar e eu aqui à espera de nada, sob as cobertas com a minha surrada roupa limpa vendo filme no celular...

quinta-feira, 6 de março de 2025

"Simples cidade"...


 Calmaria nos tempos dos "amores de aplicativos", já tive muitos "nãos" e a maioria deles definitivos, tortas, portas na cara, feliz ou infelizmente a esperança de um tolo não para, não cessa, solitário já há muito, mas agora pelas ciclovias sigo sem pressa, o tanto que já me inferiorizei por meras belezas exteriores, o tanto que ornamentei pessoas sem reais "recheios" quando linda mesmo é a simplicidade, não aquela porra fingida de caras e bocas das redes sociais, não aqueles pretensos "vencedores" postando bebidas e lugares caros que frequentam e seus perecíveis bem materiais, não, não me leve a mal, mas o verdadeiro e genuíno "simples" te faz sentir "igual" e sendo assim eis o porquê da solidão como melhor opção, a dura espera de um abraço sincero e um calor das mãos que te faça realmente "existir", desistir, ó quantos pensamentos mórbidos pelo fim de semana afora, quanta gente se entregando em suas batalhas particulares, pela frente toda uma vida, pela frente uma vida toda e por esses rogo ao pai por energias e fé renovadas, e o resto, bem, que se foda, foi-se outra vez o entardecer, pedalo principalmente pra esquecer rostos que no passado me iludiram, por ora vou lembrando das pouquíssimas vezes onde fui feliz e pela graça divina continuo pagando cada dívida, muitos me chamam "estranho", raros me chamam "peculiar",  só sei que sou do mar, poeta anônimo qualquer de alguma rua sem saída...