terça-feira, 31 de dezembro de 2024

A melancolia do 1° dia...


Um ano a menos, um ano a mais e quanto mais pessoas decepcionantes cruzam nosso caminho cada vez mais apreço temos pelos animais nesse disfarçado mundo sem cor, lamentos, necessário auto isolamento em prol de um pouco de paz interior, evitando aglomerações e certas aproximações, pois as sintonias rareiam e os "digitalmente bonitos" na real cada vez mais "enfeiam" em seus corações e suas tristes danças de alegrias forçadas, lágrimas não filmadas nos reflexos distorcido dos cascos de cerveja, ora veja que ironia, logo você que aos quatro ventos berrava "curtir a vida", agora vazia em seus meros desejos da carne e sua "tristeza offline" e do alto do meu precipício particular sobre a cidade, de alma nua e pés descalços mesmo sem lá muita vontade olhando os fogos de artifício no céu multicolorido, abraços e sorrisos falsos que daqui eu via e ainda assim agradecendo por mais uma noite de euforia sobrevivida e eis que então amanheceu com o sol pálido num céu parcialmente nublado, cena de um sci-fi 
de romance dublado, a melancolia do primeiro dia..

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Só Deus e nós sabemos...




O reflexo do pôr do sol no prédio espelhado, a cidade em tons pastéis e níveis absurdos de decibéis, motores, buzinas, difícil mesmo até de ouvir os próprios pensamentos, na loucura do dia olhei o céu e  sorrindo pensei: "que beleza de pincel!", asfalto, cimento, natureza versus concreto, quem ao menos uma vez na vida não teve um amor por certo, duradouro, imortal só pra no final ter a mesma conclusão de quase todos, "Poxa, que trouxa!", rio da minha cara esperançosa, rio de mim pedalando serelepe pela cidade, feliz com um segredo que mal duraria dois meses, quantas vezes down após cair em si, quantos ex amores nunca mais vi, sofri, internamente chorei, mas de sensibilidade não morri e muito bem dita verdade, de resiliências, "tomadas no c*Ú" e saudades nada, nada sabe essa tal inteligência artificial...