sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Nas profundezas de mim...



Ó, mundo inóspito do peito, o pleno "nada", minhas coronárias eram como avenidas pela madrugada, o vento frio era um grito silencioso que ecoava no vazio dentro de mim e que Deus me perdoe, um dia foi assim, às vezes nem assim foi; lá vem, lá vem mais um fim de semana, na superfície deixei toda inquietação e dor, desacelerei na dependência humana, num filme sem som agora sou um peixinho incolor, quase que totalmente invisível a insensíveis olhos, aqui no mar só o silêncio da tranquila escuridão e a nítida lembrança da calma queda dos cabelos negros nas costas da madame noite sob a meia luz do abajur da lua...

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