terça-feira, 6 de novembro de 2018

Desacostumar das belezas




Ampulheta, pela barba escorre o tempo, esbranquiçam os pelos, escurece a vista, anos e anos de espera vã, a areia da praia sempre foi meu divã e o vento meu fiel ouvinte, para cada desamor o dia seguinte, convencer à si mesmo a viver e desacostumar, ó, insólitos amores, descrenças e "descores", reconheço, menos infeliz eu fui quando platônico, irônico, desenhos teus que fiz mentalmente, agora caio em si que passei do ponto no "colorir", no interior nem eras tão bonita assim, solitário nos últimos minutos de uma noite de sexta, pela barba escorre o tempo, ampulheta...

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