terça-feira, 23 de outubro de 2012
Sob teu mundo, sem nada saber sobre ti...
Por sobre mim,
uma espécie de céu
sob tua cama, um cãozinho
especial, racional e tão ao léu;
quase nada ama-se à si mesmo,
sempre à observar teus pés quando
se vai, espreguiça-se, e prepara teus
"se's" à quem mais te lisonjeia, e a
trata bem. Como uma cascata particular,
às costas teu cabelo cai, há muito, muito
tempo sem lar, sem um peito pra morar,
e sem jeito pra dizer ao menos o quanto
te olho, termino a madrugada ao relento
do teu esquecimento, aqui fora chove, me
molho, volto pra debaixo da tua cama já
quase amanhecendo, mal cochilo, e cê já
vai saindo outra vez, a visão da tua nuca
é a minha mais perfeita definição de "nunca"
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