quinta-feira, 12 de março de 2009

1998-Nina, ramos novos, e árvores mortas...























Dizia ela:"tu és a vista da paz da minha janela", desde as primeiras vezes que te avistei com ares de infância, inocências respiráveis, tudo tão novo pra mim, sabe, de breves momentos de uma saudosa manhã angustiante, e já eras parte de um chão macio, pra se caminhar assim; cúmplices fomos da suposta interminável noite, que um dia vestiu-se negramente de solidão, cingindo-se de um irremovível manto de tristeza, e pôs-se a sorrir friamente, sem qualquer compaixão, refletindo em escuras águas tranqüilas do mar a insana dança, e a dura lembrança de quando andamos juntos, de braços dados com o mundo, e por longos meses senti ainda dilacerante tua distância, tornada esta névoa, e de repente, tudo era, cartas, telefonemas, teu rosto, tudo se esvaindo de nós, escapava pelas mãos, escorria na testa, espessas gotas de "não", fora então todas as conversas imaginárias contigo, mesmo fechada a janela, nem te via mais, e os últimos vestígios de doces tempos vivem ainda em meio às poeiras daquela gaveta, a bíblia em espanhol dada por minha mãe, e a amarelidão nos retratos dos que se vão.



Nina, que a próxima vez que puder viver algo no campo sentimental, que seja intenso, pra saber que você não me deixou o medo, e sim, uma herança de um sonhador que acredita ainda poder viver o que não podemos por uma droga de distância física!!..aprendi com você, minha amiga, e muito...obrigado, minhas orações pra que tudo esteja correndo docemente bem pra ti, um beijo no ar, que lhe alcance!!..saudade...

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