terça-feira, 30 de novembro de 2021

Morte aos peculiares!

 


Pessoas que amamos, pessoas que não mais e eu sou apenas mais um perdido com um único pedido aos céus: paz!..mas eu não tenho pretensão de ser aquele cara "super" porque esse tipo de gente é quase sempre aparentemente "super normal" e eu não digo que estou necessariamente "mal", sei lá, talvez esteja, ah, vá, que seja, só sei que hoje me defino "super esquisito", sei lá, tua casa de praia cheia de efusivos me inibe e eu gosto mesmo é de estar à toa, longe de aglomerações, uma ou duas pessoas pra falar, 'té mesmo estranhos conhecidos que se encontra pelas esquinas da vida e a gente se abençoa, detesto, repudio ter que parecer "bem" meramente pelo melhor julgamento de gente que sequer me têm respeito, ah, utópica liberdade que esses "lógicos racionais" não dão à nós, inaceitáveis incomuns, hoje eu só quero ser como o Wally, difícil de ser encontrado, longe dos acasos chatos que nos obrigam a estar onde não queremos, na multidão ser só mais um, tanto faz e como há muito cantou Guilherme Arantes, "Meu mundo e nada mais"...

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Hereditariamente desafortunado...



E quão revoltante achar ter encontrado seu lugar ao sol na praia particular no peito de alguém só pra depois sofrer pra desacostumar e lá vamos nós de volta às intermináveis filas dos desprezíveis e dispensáveis, semblantes sofridos, reclames e mudanças desesperadas de gente mal amada, seja muito mal vindo ao meu mundo, lugar esse, lugar esse que jurava ter escapado, Deus sabe como quis amar-te e me iludi achando que iríamos à lua no feriado, mas subitamente me vi sentado sozinho em marte, da janela eu vejo um imenso salão de oportunidades de afeto, mas desde feto minha vida foi esperar lá fora, sonhar e acordar sem, ah, sagrado ataque cardíaco, por que tanto demoras?? 

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Deserto em mim

 


Não de refeição, mas de amor a fome e lá se vai mais um ano, Carpenters nos fones enquanto rastejo em meio às miragens frustrantes desse deserto urbano, ó, dias de sol escaldante e noites de frio cortante, machuca a pele, fere a alma de um cara já há muito sem o lar de um olhar, meu peito, meu Saara particular...

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Pedala o tolo pedala


Solitário pelos cenários vazios das antigas lembranças de
 pessoas que eu apaguei, sem mais esperanças pela noite pedalei sem destino marcado, ninguém à minha espera, nem tampouco afim de ser encontrado; ao longo do asfalto na companhia do vento, à vista de olhares perdidos e sonhos em varais de apartamentos, na mente, entre memórias amargas, saudosismos e quanto faltava pro final do mês, xingando e me lamentando inglês, comigo ninguém ia ou ria, comigo ninguém vinha, okay, massa, fumaça ao invés de vinho, eu sou um rei sem súditos, eu sou o rei da estrada como de praxe, falando sozinho...

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Untitled

Corpos tremeluzentes, chuva de granizo de tantos sorrisos, às vezes a alegria alheia dói, sabe...ando pela cidade, pôrra, não vejo novidades, o céu me traga e estraga os pulmões do dia, tipo um cigarro de quinta categoria pisoteado pelo salto alto da dona felicidade, foda-se, é que nem amor para desafortunados, se não mata, maltrata, amanheço, permaneço aqui deitado porque não sei mais o que faço, a vida é um parque de diversões e eu acho tudo isso um saco, crescer é basicamente isso, cara, perder aquele genuíno brilho dos olhos, as crianças saltam, cantam e trotam e a maioria dos adultos só focam nas merdas que os derrotam!

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

"Pratrásmente"....




Às voltas com as memórias em cenários vazios por outros deixados, sim, eu sou uma criança a brincar num parque de diversões abandonado, brincando sozinho nas cinzas de momentos que alguém há muito incendiou e esqueceu a não ser um idiota como eu, sons de gargalhadas, os cheiros que ainda sinto, atirado pela janela do veículo da vida eu fui por esquecer de por o cinto e quando dei por mim havia sido deixado em lugar nenhum à beira da estrada, nenhuma esperança de carona em algum pensar, oxalá ser lembrado, eu sou o esquecimento vagando na pista, das situações mais felizes sou sempre o único que ainda lembra, sou o passado recente e o distante, eu sou o cronista...

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Meu nome é "vaga memória"...



Pessoas inseridas, pessoas riscadas da história, ao longe achei ter visto a glória vindo em minha direção, então abri os braços pra me deixar acertar, mas infelizmente não passava de um caminhão, tive sonhos destroçados, esperanças esmagadas, hoje eu sou uma borboleta triste em seu voo lento contra o vento sem ter pra onde ir, sem pressa de chegar,  o despertar de um ex amante em seu desatino, ó, Deus, cá meu coração outra vez sem destino, foi num romance da sessão corujão que fantasiei recentemente que tinha chegado a minha vez enquanto as chances e boas oportunidades chegam pra eles na nitidez de uma tv de plasma, novos planos, novos amores em novas histórias e eu agora não passo de um fantasma, apenas a porra de uma vaga memória...